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Créditos: Anderson Coelho |
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Créditos: Anderson Coelho |
O coordenador de endemias Elson Belisário explicou a situação do município e destacou a importância das práticas preventivas para o controle da dengue
Por Ana Maria Simono
A Secretaria da Saúde divulgou, em julho, um informe apresentando relatórios de supervisão dos 65 municípios considerados prioritários no Estado do Paraná, que já apresenta 28.511 casos autóctones (casos em que os pacientes foram contaminados no Estado) confirmados da doença e 14 óbitos.
Em Londrina, o boletim epidemiológico apresentado apontou 7.383 casos autóctones confirmados de janeiro a setembro de 2011, superando os números de 2003, quando a cidade computou 7.371 casos em todo o ano e registrou sua pior epidemia.
Os dados, que envolvem a análise de 71 municípios do Paraná, mostram que Londrina concentra, sozinha, 25.89% dos casos de todo o Estado. “A preocupação com a dengue é grande, porque a cidade já tem quatro óbitos e 47 casos graves registrados, e ainda estamos no mês de setembro”, afirmou Elson Belisário, coordenador de endemias da Secretaria de Saúde de Londrina.
“Temos uma população em Londrina que já contraiu a doença em função da epidemia de 2003. Se houver uma segunda contaminação, há um risco maior de se desenvolver, no município, as formas mais graves da dengue. Por isso, todos os tipos de prevenção e controle são importantes”, disse ele.
Para a Secretaria de Saúde do Estado do Paraná, a maioria dos relatórios abordados sobre a dengue tem algum tipo de problema de gestão no controle adequado da doença, e as principais causas dessa epidemia são a negligência da população quanto às medidas de prevenção e a falta de agentes de combate ao mosquito vetor.
Agentes
Em junho deste ano, a Promotoria de Defesa da Saúde Pública de Londrina encaminhou uma recomendação administrativa à Secretaria Municipal de Saúde pedindo a contratação de mais 41 agentes de endemias para que o número de funcionários chegasse ao ideal de 230 agentes, mas as chamadas do processo seletivo realizado em abril não tiveram muito sucesso. Desde então, o município perdeu mais 13 agentes. De acordo com Belisário, “a rotatividade no controle de endemias é muito grande porque o trabalho é difícil, cansativo e, além disso, o contratado não é efetivo da prefeitura, trabalha apenas por um tempo determinado.”
Segundo ele, a prefeitura ainda realiza convocações do teste seletivo realizado para tentar suprir a falta em seu quadro de funcionários, mas o desfalque continua grande. “O teste foi realizado há meses, então boa parte das pessoas que o fizeram já estão empregadas. Às vezes, a prefeitura chama dez funcionários, mas apenas quatro aparecem”, relata o coordenador de endemias.
Quando questionado a respeito do fato de os números de 2011 superarem os dados da epidemia de 2003, o coordenador de endemias atribuiu as principais causas à questão da falta de profissionais e ao clima. “No ano passado, vivíamos uma situação de contratação de profissionais através de empresas terceirizadas. Houve então uma investigação policial e verificou-se que durante alguns meses Londrina praticamente não possuía funcionários de combate à dengue trabalhando. Desde o segundo semestre de 2010 até fevereiro de 2011 tivemos uma situação mínima de profissionais. Também janeiro e fevereiro de 2011 foram meses muito quentes e de muita chuva, e o fator clima acabou interferindo na proliferação do mosquito Aedes aegypti”, explicou. A fêmea do mosquito Aedes aegypti é uma das principais transmissoras da dengue, embora não seja a única. Não é qualquer mosquito Aedes aegypti, entretanto, que transmite a doença; a fêmea deve estar infectada pelo vírus.
Por Ana Maria Simono
Adriana Gonçalves, 28 anos, é uma das coordenadoras da dengue e trabalha nessa função há quatro anos. De acordo com ela, de julho a setembro de 2011, o número de focos encontrados pela equipe nos imóveis diminuiu. “Não temos encontrado tanto foco devido ao inverno e a um breve período sem chuvas. Mas, com o calor, basta chover que encontraremos larvas ou pupas do mosquito, principalmente nos fundos de vale que as pessoas utilizam para jogar lixo. Essa é uma preocupação de toda a equipe”, afirma. A criação do mosquito passa por três fases: a fêmea põe o ovo, que se transforma em larva, depois pupa, para finalmente nascer o mosquito.
De 1º a 5 de agosto, foi elaborado o segundo Levantamento Rápido do índice de Infestação do Aedes Aegypti (LIRA) em Londrina. Segundo Elson Belisário, coordenador de endemias da Secretaria Municipal de Saúde, cerca de 8 mil residências foram vistoriadas, abrangendo 178 localidades urbanas, mas, devido ao período do inverno, houve uma queda na infestação do mosquito. Os dados obtidos revelaram que a média do índice de infestação predial no município corresponde a 0,3%, dentro do nível considerado satisfatório pela pesquisa. O nível caiu bastante em relação ao primeiro LIRA, realizado em abril de 2011, que registrava 0,87%.
Ainda de acordo com dados do levantamento, a maior frequência percentual de focos esteve em depósitos móveis, como vasos, pratos, frascos de plantas e bebedouros de animais. Na segunda posição ficou o lixo, com recipientes plásticos, latas e garrafas.
A situação é, sob certo ponto de vista, contrastante: ao mesmo tempo em que o número de casos autóctones confirmados na cidade supera os dados da epidemia de 2003, o LIRA diminui; segundo Elson Belisário, isso acontece porque a maior parte dos casos autóctones computados corresponde aos meses de janeiro, fevereiro, março e abril de 2011, quando os índices ainda refletiam a epidemia do segundo semestre de 2010. O 1º LIRA representa parte dessa transição. O 2º, realizado em agosto, é também – e não apenas porque se trata de um período em que a dengue está controlada - reflexo do inverno, período geralmente não muito propício ao desenvolvimento do mosquito.
A agente Célia Maria dos Anjos, 41 anos, explicou que, nos períodos de epidemia, ela e outros agentes trabalhavam inclusive recolhendo lixo do quintal de algumas casas e terrenos baldios, já que se tratavam de locais extremamente propícios à proliferação do mosquito. “O problema- disse ela - é que muitas vezes as pessoas começam a achar que recolher o lixo é uma obrigação nossa, e isso não é verdade. O nosso trabalho é fazer vistorias e alertar a população sobre a doença, esclarecendo suas dúvidas e atentando para algumas situações de risco. Pegar lixo nos arrastões é uma medida que a gente se dispôs a fazer para ajudar nos casos de controle da epidemia”.
Nice Gôngora, 57 anos, está no cargo há cerca de 10 meses e é a agente mais velha da equipe. Ela explicou como funciona o trabalho -“quando encontramos foco, o procedimento é recolher a larva ou a pupa com a pipeta, colocá-las no álcool e mandar para o pessoal do laboratório. Tudo etiquetado: número de larvas e pupas, identificação, localização”- e também falou das dificuldades que encontra - “o sol é um dos fatores que mais incomoda. Precisamos beber sempre muita água, porque andar 8 horas por dia com esse calor não é fácil. Alguns moradores se recusam a permitir nossa entrada nas residências, e nessas situações procuramos conversar e explicar melhor o nosso trabalho. Se o caso não é resolvido, comunicamos ao coordenador, mas, na maioria das vezes, as pessoas nos acolhem bem”.
Por Ana Maria Simono
“Com relação à eficiência nos processos de controle da dengue, as medidas preventivas são a prioridade. O fumacê é utilizado quando a prevenção foi falha e se vive uma situação de epidemia, mas ele não é a saída para o problema”, ressaltou Elson Belisário, coordenador de endemias da Secretaria Municipal de Saúde.
O crescimento de condomínios horizontais na cidade, por exemplo, exige ainda mais profissionais de endemias. “O crescimento desses condomínios, como o Vista Bela, do programa Minha Casa, Minha Vida, é um grande avanço para a cidade, que ganha cerca de 3 mil novos imóveis, mas é preciso que as pessoas se conscientizem, se eduquem e cuidem de suas casas para evitar a proliferação do mosquito”, destacou Belisário.
Segundo ele, não existem perspectivas para a realização de um novo processo seletivo. “Como 2012 é um ano eleitoral, não pode haver concurso público; por isso, estamos cobrando que o processo seja agilizado. Existem áreas em Londrina hoje que estão praticamente descobertas por falta de profissionais. A gente dá prioridade para os lugares que apresentam maior risco, mas o fato é que precisamos do funcionário efetivo no campo”, concluiu.
Enquanto a situação não é resolvida, os 176 agentes de Londrina buscam realizar seu trabalho da melhor forma possível. “Sem o número necessário de profissionais não é possível realizar um bom trabalho. Algumas áreas sempre ficarão desprotegidas”, afirmou o coordenador de endemias.
Ele garante que as ações preventivas não param; trabalha-se em parceria com os corretores imobiliários, capacita-se esses corretores, realizam-se trabalhos com os professores da rede estadual, enfim, busca-se sempre a prevenção, mesmo com a defasagem de profissionais. À população, de acordo com ele, cabe então não apenas ouvir e aceitar as recomendações que lhes são passadas, mas mobilizar-se em prol de um conjunto de medidas que podem mudar efetivamente os rumos do problema.
por Ana Luísa Braga
Quem visita hoje a mais famosa avenida da região norte da cidade, Saul Elkind, não imagina que, há pouco mais de três décadas atrás, ali existia apenas cinco conjuntos habitacionais. Segundo a professora Tânia Maria Fresca, professora de geografia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), os primeiros foram Aquiles Stenghel, Luiz de Sá, João Paz, Semíramis e Sebastião de Melo César. A entrega das casas, em 1979, pelas Companhias de Habitação Popular (COHAB), teve o objetivo de abrigar os migrantes que vieram do campo para a cidade, devido ao êxodo rural que ocorria na década de 70 e retirar a população de baixa renda que começava a criar favelas ao redor da cidade.
A Região Norte é a que apresentou maior índice de desenvolvimento dentre as outras quatro principais regiões (central, norte, sul, leste e oeste), conforme a professora Tânia. Atualmente, essa região deixou de ser uma forma de evitar as favelas e passou a ser promissora para a cidade, tanto econômica quanto politicamente.
Na questão política, a região é decisiva por possuir o maior número de moradores. Já na econômica, existe uma autonomia, pois há uma “nova ‘cidade’ dentro de outra cidade” nas palavras da professora.
Além do mais, há o canteiro de obras do projeto federal Minha Casa Minha Vida, o conjunto Vista Bela, que está em fase de entrega esse ano. A construção exigiu enorme mão-de-obra, escassa por conta do grande crescimento do setor. A solução foi treinar homens e mulheres para trabalharem na obra. O problema também esteve na falta de materiais de construção, porque as empresas locais não estavam preparadas para a demanda. A planta da cidadela conta com aproximadamente 2.700 residências (entre casas e apartamentos), é a maior em todo o Brasil. Dentro da própria obra muitos espaços já são destinados ao comércio, um atrativo para comerciantes, também de outras regiões, já que é um espaço ainda sem concorrência.
Isso contribui com o crescimento da região, já que, em razão disso, haverá também uma obra de duplicação da avenida Saul Elkind através do Conjunto Parigot de Souza. A avenida se conectará com duas rodovias. A BR 445, que leva ao interior do estado de São Paulo, e a BR 369, que interliga Londrina e Maringá.
Esse desenvolvimento despertou interesse de investidores. Está sendo construído o Londrina Norte Shopping, do grupo Catuaí. Uma construção dessa magnitude trará milhares de novos empregos para a zona norte. Além disso, muitas empresas nacionais têm filiais por lá, como o Super Muffato, Magazine Luiza, Ponto Frio, MM Mercados. Sem contar com empresas estatais, como Correios e dezenas de Casas Lotéricas da Caixa. Nas rodovias, por questões estratégicas e geográficas, se instalarão muitas empresas de fretes e transportes.
Uma das justificativas do desenvolvimento dessa região é o espaço que ela oferecia para novos habitantes de Londrina. Há 10 anos, acompanhando o próprio crescimento da cidade, a zona norte oferecia uma enorme área livre para construir e um preço baixo, por conta da distância com o centro da cidade. Hoje, o problema de distância se resolveu com um ‘novo centro’ nas proximidades.
Ainda há um certo preconceito sobre a região dos “Cinco Conjuntos”. Associa-se os bairros à violência, pois em seu nascimento eram considerados a periferia da cidade. Já agora, isso está se perdendo, acredita a professora Tânia Fresca, por causa dos investimentos que estão sendo aplicados na zona norte de Londrina, atraindo, assim, mais moradores.
Londrina já conta com 32 Academias ao Ar Livre (AAL), equipamentos voltados principalmente para os idosos e instalados em todas as regiões da cidade.
Uma das principais iniciativas do governo Barbosa Neto, em parceria com instituições privadas, além da Secretaria Municipal do Idoso, as AAL começaram a ser inauguradas no fim de 2009, e foram trazidas para Londrina depois de se tornarem realidade em outras cidades paranaenses, como Curitiba e Maringá.
Vistos com muito bons olhos pela população londrinense, os aparelhos de ginástica espalhados por parques e praças da cidade, trazem aos moradores uma nova forma para se exercitarem.
O aposentado José Roberto classifica como um complemento as atividades físicas as quais já estava habituado a fazer. “Caminhava todos os dias. Agora completou! Além de caminhar, eu faço aqui as minhas horas de ginástica.”
Tornou-se comum ver as AAL repletas de frequentadores. Principalmente pela manhã ou no fim da tarde, “A academia é um empreendimento recém instalado
Já Odete acredita que poderiam ter mais academias em Londrina “Eu gostei muito disso aqui. O médico me recomendou que eu fizesse algum exercício, então eu caminhava. Caminho ainda. Todos os dias. Agora, aos finais de semana venho aqui na academia do Igapó. Só acho que são muito poucas. Tenho que sair lá do Sabará e vir até aqui, porque lá não tem.”
Apesar de todos os benefícios trazidos pela utilização das academias, médicos, fisioterapeutas e professores de Educação Física alertam para os riscos que o mau uso dos equipamentos pode causar. Para evitar danos à saúde dos frequentadores, e para orientá-los sobre as formas corretas de se utilizar cada aparelho, a Prefeitura lançou em 2010 um manual que foi distribuído, e que se encontra disponível em seu site.
Além do manual, há academias que contam com a presença de estagiários, que informam e auxiliam na realização dos exercícios. “Nós os instruímos em como fazer cada exercício, e aproveitar ao máximo a academia. No entanto, é muito importante que eles tenham um acompanhamento médico. Só ele poderá dizer o que eles podem ou não fazer.” Orienta Pedro, estudante do 4º ano de Educação Física e estagiário da academia instalada no Maria Cecília (Zona Norte).
O estagiário também alerta para a idade mínima de 18 anos para a utilização dos aparelhos. “O que vemos são crianças brincando na academia. Elas não têm muita noção de como pode ser prejudicial. Veem os equipamentos coloridos, e acham que é brinquedo. Cabe aos pais orientá-las.”
Segundo dados disponibilizados pela Prefeitura de Londrina, cada AAL custa ao município entre 12 mil e 15 mil reais. E a previsão é de que 75 Academias ao Ar Livre sejam instaladas no município de Londrina até dezembro de 2012, quando termina o mandato do então prefeito Barbosa Neto.
"A foca, é símbolo do jornalista novo, inexperiente. Entre as muitas histórias existentes consta que o apelido vem dos remotos tempos do flash a magnésio. Os fotógrafos dos jornais preparavam suas máquinas: focavam e deixavam o obturador- uma pequena "janela”- aberto. Quando todos estavam prontos, alguém riscava um fósforo numa placa de magnésio e ela "explodia" num clarão. Essa luz passava pelo obturador aberto e impressionava a chapa, o avô do filme. Ocorre que alguns fotógrafos, inexperientes, demoravam para preparar a máquina - e atrasavam os outros. "Espera, estou focando”.E os outros: "Foca logo, caramba". E mais tarde... "Ih, lá vem o foca". " - Fonte: Portal PUCRS
Desse modo, a foca não é exatamente um símbolo, mas apenas uma 'piada interna'.
A Raposa
O animal que representa o jornalismo é a raposa. Há grande consenso em torno disto, apesar de várias pessoas de fato pensarem que nosso símbolo é a foca.
É considerada astuta, ágil e silenciosa; excelente caçadora.... "Tem visão, olfato e audição bastante aguçados e permanece alerta a tudo que se passa a sua volta, além de ser extremamente ágil e inteligente. " - Tatiana Vasco em post: Símbolo do Jornalismo Não é a foca!
Por isso é o símbolo do jornalista. Para cumprir nossos papéis, necessitamos das qualidades da raposa, mas ao invés de caçar animais, caçaremos a verdade.