Thursday, September 29, 2011

Estudantes da UEL promovem “Beijaço Contra a Homofobia”

“Os universitários reprovaram o texto publicado por Boletim da Arquidiocese de Londrina e manifestaram-se no pátio do Restaurante Universitário”

Por Milliane Lauize

A circulação do Boletim Universitário Nº7, na Universidade Estadual de Londrina (UEL) causou impacto entre alguns estudantes universitários. Um texto assinado por Mercedes dos Santos Rosa, dizia que a união de pessoas do mesmo sexo é um fato “contra a natureza” e compara a uma “doença”: “Essas uniões homossexuais, de fato, são contra a natureza. A atração que certos indivíduos sentem para com as pessoas do mesmo sexo é uma anormalidade: é como se fosse uma doença”.
 (imagem retirada do blog: http://vidaoperaria.blogspot.com)

Créditos: Anderson Coelho
Como forma de protesto ao Boletim, foi organizada um Movimento Contra a Homofobia na UEL, que reúne centros acadêmicos de vários cursos da universidade. Intitulou-se ao movimento o nome “Beijaço Contra a Homofobia”, que aconteceu nesta quarta-feira (28), das 11 às 14hrs no Restaurante Universitário (RU) da UEL. O manifesto atraiu simpatizantes de vários cursos da universidade e teve uma média de 300 estudantes concentrados no pátio do RU para assistir aos 20 casais promovendo o ato.
Apesar do nome do protesto sugerir aos homossexuais, o manifesto contou com a participação de vários casais heterossexuais, que foram convidados pelos próprios organizadores: “Não precisa ser só homossexual, o “beijaço” pode acontecer com heterossexuais também. Não precisa ser beijo na boca, você pode dar um beijo no rosto ou abraçar um amigo. Isso já vale para o protesto.”
Jonas de Campos, 23, estudante de Ciências Sociais e um dos organizadores do movimento diz que vai muito além dessa manifestação na UEL: “Vamos estar nos manifestando aqui e vamos ver se a Igreja responde. Vamos levar também para fora dos muros da universidade. É uma luta de longo prazo”.

Créditos: Anderson Coelho
O grupo promete não parar no “beijaço” dentro do campus. Acontecerá outro ato no dia 8 de Outubro, às 10hrs no calçadão de Londrina o Manifesto Contra a Homofobia. “A nossa resposta (à homofobia) é cotidiana, a idéia é que continuamos até que tenha uma resposta categórica e que a própria sociedade mobiliza-se contra a homofobia. Os simpatizantes estão respondendo aos atos cometidos contra os homossexuais. É uma luta pela uma sociedade que não tenha mais opressões”, finaliza Jonas.



Wednesday, September 28, 2011

Londrina concentra 25% dos casos confirmados de dengue no Paraná

O coordenador de endemias Elson Belisário explicou a situação do município e destacou a importância das práticas preventivas para o controle da dengue

Por Ana Maria Simono

A Secretaria da Saúde divulgou, em julho, um informe apresentando relatórios de supervisão dos 65 municípios considerados prioritários no Estado do Paraná, que já apresenta 28.511 casos autóctones (casos em que os pacientes foram contaminados no Estado) confirmados da doença e 14 óbitos.

Em Londrina, o boletim epidemiológico apresentado apontou 7.383 casos autóctones confirmados de janeiro a setembro de 2011, superando os números de 2003, quando a cidade computou 7.371 casos em todo o ano e registrou sua pior epidemia.

Os dados, que envolvem a análise de 71 municípios do Paraná, mostram que Londrina concentra, sozinha, 25.89% dos casos de todo o Estado. “A preocupação com a dengue é grande, porque a cidade já tem quatro óbitos e 47 casos graves registrados, e ainda estamos no mês de setembro”, afirmou Elson Belisário, coordenador de endemias da Secretaria de Saúde de Londrina.

“Temos uma população em Londrina que já contraiu a doença em função da epidemia de 2003. Se houver uma segunda contaminação, há um risco maior de se desenvolver, no município, as formas mais graves da dengue. Por isso, todos os tipos de prevenção e controle são importantes”, disse ele.

Para a Secretaria de Saúde do Estado do Paraná, a maioria dos relatórios abordados sobre a dengue tem algum tipo de problema de gestão no controle adequado da doença, e as principais causas dessa epidemia são a negligência da população quanto às medidas de prevenção e a falta de agentes de combate ao mosquito vetor.

Agentes

Em junho deste ano, a Promotoria de Defesa da Saúde Pública de Londrina encaminhou uma recomendação administrativa à Secretaria Municipal de Saúde pedindo a contratação de mais 41 agentes de endemias para que o número de funcionários chegasse ao ideal de 230 agentes, mas as chamadas do processo seletivo realizado em abril não tiveram muito sucesso. Desde então, o município perdeu mais 13 agentes. De acordo com Belisário, “a rotatividade no controle de endemias é muito grande porque o trabalho é difícil, cansativo e, além disso, o contratado não é efetivo da prefeitura, trabalha apenas por um tempo determinado.”

Segundo ele, a prefeitura ainda realiza convocações do teste seletivo realizado para tentar suprir a falta em seu quadro de funcionários, mas o desfalque continua grande. “O teste foi realizado há meses, então boa parte das pessoas que o fizeram já estão empregadas. Às vezes, a prefeitura chama dez funcionários, mas apenas quatro aparecem”, relata o coordenador de endemias.

Quando questionado a respeito do fato de os números de 2011 superarem os dados da epidemia de 2003, o coordenador de endemias atribuiu as principais causas à questão da falta de profissionais e ao clima. “No ano passado, vivíamos uma situação de contratação de profissionais através de empresas terceirizadas. Houve então uma investigação policial e verificou-se que durante alguns meses Londrina praticamente não possuía funcionários de combate à dengue trabalhando. Desde o segundo semestre de 2010 até fevereiro de 2011 tivemos uma situação mínima de profissionais. Também janeiro e fevereiro de 2011 foram meses muito quentes e de muita chuva, e o fator clima acabou interferindo na proliferação do mosquito Aedes aegypti”, explicou. A fêmea do mosquito Aedes aegypti é uma das principais transmissoras da dengue, embora não seja a única. Não é qualquer mosquito Aedes aegypti, entretanto, que transmite a doença; a fêmea deve estar infectada pelo vírus.

Infestação diminuiu no inverno, diz levantamento

Por Ana Maria Simono

Adriana Gonçalves, 28 anos, é uma das coordenadoras da dengue e trabalha nessa função há quatro anos. De acordo com ela, de julho a setembro de 2011, o número de focos encontrados pela equipe nos imóveis diminuiu. “Não temos encontrado tanto foco devido ao inverno e a um breve período sem chuvas. Mas, com o calor, basta chover que encontraremos larvas ou pupas do mosquito, principalmente nos fundos de vale que as pessoas utilizam para jogar lixo. Essa é uma preocupação de toda a equipe”, afirma. A criação do mosquito passa por três fases: a fêmea põe o ovo, que se transforma em larva, depois pupa, para finalmente nascer o mosquito.

De 1º a 5 de agosto, foi elaborado o segundo Levantamento Rápido do índice de Infestação do Aedes Aegypti (LIRA) em Londrina. Segundo Elson Belisário, coordenador de endemias da Secretaria Municipal de Saúde, cerca de 8 mil residências foram vistoriadas, abrangendo 178 localidades urbanas, mas, devido ao período do inverno, houve uma queda na infestação do mosquito. Os dados obtidos revelaram que a média do índice de infestação predial no município corresponde a 0,3%, dentro do nível considerado satisfatório pela pesquisa. O nível caiu bastante em relação ao primeiro LIRA, realizado em abril de 2011, que registrava 0,87%.

Ainda de acordo com dados do levantamento, a maior frequência percentual de focos esteve em depósitos móveis, como vasos, pratos, frascos de plantas e bebedouros de animais. Na segunda posição ficou o lixo, com recipientes plásticos, latas e garrafas.

A situação é, sob certo ponto de vista, contrastante: ao mesmo tempo em que o número de casos autóctones confirmados na cidade supera os dados da epidemia de 2003, o LIRA diminui; segundo Elson Belisário, isso acontece porque a maior parte dos casos autóctones computados corresponde aos meses de janeiro, fevereiro, março e abril de 2011, quando os índices ainda refletiam a epidemia do segundo semestre de 2010. O 1º LIRA representa parte dessa transição. O 2º, realizado em agosto, é também – e não apenas porque se trata de um período em que a dengue está controlada - reflexo do inverno, período geralmente não muito propício ao desenvolvimento do mosquito.

A agente Célia Maria dos Anjos, 41 anos, explicou que, nos períodos de epidemia, ela e outros agentes trabalhavam inclusive recolhendo lixo do quintal de algumas casas e terrenos baldios, já que se tratavam de locais extremamente propícios à proliferação do mosquito. “O problema- disse ela - é que muitas vezes as pessoas começam a achar que recolher o lixo é uma obrigação nossa, e isso não é verdade. O nosso trabalho é fazer vistorias e alertar a população sobre a doença, esclarecendo suas dúvidas e atentando para algumas situações de risco. Pegar lixo nos arrastões é uma medida que a gente se dispôs a fazer para ajudar nos casos de controle da epidemia”.

Nice Gôngora, 57 anos, está no cargo há cerca de 10 meses e é a agente mais velha da equipe. Ela explicou como funciona o trabalho -“quando encontramos foco, o procedimento é recolher a larva ou a pupa com a pipeta, colocá-las no álcool e mandar para o pessoal do laboratório. Tudo etiquetado: número de larvas e pupas, identificação, localização”- e também falou das dificuldades que encontra - “o sol é um dos fatores que mais incomoda. Precisamos beber sempre muita água, porque andar 8 horas por dia com esse calor não é fácil. Alguns moradores se recusam a permitir nossa entrada nas residências, e nessas situações procuramos conversar e explicar melhor o nosso trabalho. Se o caso não é resolvido, comunicamos ao coordenador, mas, na maioria das vezes, as pessoas nos acolhem bem”.

Prevenção é a melhor forma de combater a dengue

Por Ana Maria Simono

“Com relação à eficiência nos processos de controle da dengue, as medidas preventivas são a prioridade. O fumacê é utilizado quando a prevenção foi falha e se vive uma situação de epidemia, mas ele não é a saída para o problema”, ressaltou Elson Belisário, coordenador de endemias da Secretaria Municipal de Saúde.

O crescimento de condomínios horizontais na cidade, por exemplo, exige ainda mais profissionais de endemias. “O crescimento desses condomínios, como o Vista Bela, do programa Minha Casa, Minha Vida, é um grande avanço para a cidade, que ganha cerca de 3 mil novos imóveis, mas é preciso que as pessoas se conscientizem, se eduquem e cuidem de suas casas para evitar a proliferação do mosquito”, destacou Belisário.

Segundo ele, não existem perspectivas para a realização de um novo processo seletivo. “Como 2012 é um ano eleitoral, não pode haver concurso público; por isso, estamos cobrando que o processo seja agilizado. Existem áreas em Londrina hoje que estão praticamente descobertas por falta de profissionais. A gente dá prioridade para os lugares que apresentam maior risco, mas o fato é que precisamos do funcionário efetivo no campo”, concluiu.

Enquanto a situação não é resolvida, os 176 agentes de Londrina buscam realizar seu trabalho da melhor forma possível. “Sem o número necessário de profissionais não é possível realizar um bom trabalho. Algumas áreas sempre ficarão desprotegidas”, afirmou o coordenador de endemias.

Ele garante que as ações preventivas não param; trabalha-se em parceria com os corretores imobiliários, capacita-se esses corretores, realizam-se trabalhos com os professores da rede estadual, enfim, busca-se sempre a prevenção, mesmo com a defasagem de profissionais. À população, de acordo com ele, cabe então não apenas ouvir e aceitar as recomendações que lhes são passadas, mas mobilizar-se em prol de um conjunto de medidas que podem mudar efetivamente os rumos do problema.

Thursday, September 22, 2011

Coleta seletiva em Londrina será melhorada


Depois de muitas divergências entre catadores e poder público, mais uma cooperativa possivelmente será regulamentada

por Ana Luisa Casaroli

Nesta semana, a prefeitura de Londrina pretende regularizar e contratar mais uma cooperativa de coleta seletiva, a Coprelon, antiga Cepeve. A ação faz parte de uma série de esforços do Ministério Público e da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), cujo objetivo é regulamentar e melhorar o trabalho dos catadores.
O ambientalista João Batista de Souza, conhecido como João das Águas, admite que Londrina é a cidade que mais recicla no Brasil. Mas salienta que, apesar da boa fama em relação à reciclagem e dos prêmios recebidos, a cidade percorreu – e ainda percorre – um longo e difícil caminho para solucionar os problemas no setor. Em 1997, o Ministério Público estipulou o prazo de um ano para a AMA – órgão responsável pelo serviço na época – retirar os catadores dos lixões. Como a ordem não foi atendida, em 2000, o Ministério Público entrou com uma ação contra a prefeitura, a AMA e a Vega (a operadora que atuava). Dois anos depois, os catadores foram retirados.
Primeiramente, foram criadas frentes de trabalho, mas logo o prefeito Nedson Micheleti (PT) transformou-as em ONGs. O problema surgiu quando se instauraram rivalidades entre essas ONGs. O poder público concedia barracões, vale-refeição, máquinas apenas para alguns grupos. Os privilégios motivados por interesses políticos fomentaram as divergências entre os trabalhadores.
Para agravar a situação, as ONGs viviam em péssimas condições. A maioria delas não possuía local adequado para a separação. “No fim do ano, os preços despencavam, os catadores não arrecadavam quase nada e precisavam de doações financeiras para sobreviver”, conta a Promotora de Defesa do Meio Ambiente de Londrina, Solange Vicentin. Devido a essa realidade, o Ministério Público, em 2007, montou um grupo para avaliar os aspectos positivos e negativos das organizações. O SEBRAE fazia parte desse grupo e analisou as possibilidades de melhoria. Transformar as ONGs em cooperativas formalizadas, garantindo os direitos trabalhistas dos catadores foi a proposta apresentada.
Várias ONGs mantiveram-se bastante resistentes com relação a mudanças e, para pressioná-las, foi aprovada a Lei de Saneamento, a qual estabelecia que o poder público daria preferência às cooperativas regularizadas e poderia contratá-las sem licitação. No início do mandato do prefeito Barbosa Neto (PDT), grande parte dos grupos tornou-se cooperativa.
A Cooperativa de Catadores de Material Reciclável e Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Londrina (Copersil) é um exemplo de cooperativa que obteve sucesso. Zaqueu Vieira, presidente da mesma, diz que a entidade conta com 249 associados divididos em oito barracões em diversas regiões de Londrina. “Coletamos aproximadamente mil toneladas de material por mês e comercializamos cerca de 450 toneladas”, calcula.
A Promotora do Meio Ambiente afirma que sua intenção era reunir todos os catadores numa única grande cooperativa. Ela explica que os problemas de atraso na coleta, ocorridos desde o ano passado, são reflexo da retirada do apoio aos grupos dissidentes. “Queríamos a regulamentação desses grupos, então pedimos à prefeitura que retirasse o apoio àqueles que não estavam dispostos a se adequar”, conta.
Segundo a promotora, essa semana a antiga Cepeve, atual Coprelon, assinará contrato com a CMTU. “Foi muito difícil, fiz inúmeras reuniões para conseguir isso”, declara Solange Vicentin. A coleta foi dividida conforme as áreas da cidade, algo que não acontecia antigamente; cada grupo recolhia no local que quisesse.
“A Copersil recebeu o prêmio de melhor cooperativa de catadores do Brasil, mas ainda há questões a serem melhoradas”, garante a promotora. “Faltam, por exemplo, barracões em muitas regiões”, completa. Além disso, há um grande número de catadores que trabalham independentemente, não habilitados. Segundo o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho do Paraná, Ricardo Bruel da Silveira, o Decreto 5.940/06 exige que as entidades sejam constituídas por catadores que tenham esse trabalho como única fonte de renda, que os locais possuam infraestrutura adequada para triagem e classificação dos resíduos e que a associação declare não permitir trabalho infantil.

Wednesday, September 21, 2011

Região Norte de Londrina é a que mais cresceu nos últimos 10 anos

por Ana Luísa Braga


Quem visita hoje a mais famosa avenida da região norte da cidade, Saul Elkind, não imagina que, há pouco mais de três décadas atrás, ali existia apenas cinco conjuntos habitacionais. Segundo a professora Tânia Maria Fresca, professora de geografia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), os primeiros foram Aquiles Stenghel, Luiz de Sá, João Paz, Semíramis e Sebastião de Melo César. A entrega das casas, em 1979, pelas Companhias de Habitação Popular (COHAB), teve o objetivo de abrigar os migrantes que vieram do campo para a cidade, devido ao êxodo rural que ocorria na década de 70 e retirar a população de baixa renda que começava a criar favelas ao redor da cidade.

A Região Norte é a que apresentou maior índice de desenvolvimento dentre as outras quatro principais regiões (central, norte, sul, leste e oeste), conforme a professora Tânia. Atualmente, essa região deixou de ser uma forma de evitar as favelas e passou a ser promissora para a cidade, tanto econômica quanto politicamente.

Na questão política, a região é decisiva por possuir o maior número de moradores. Já na econômica, existe uma autonomia, pois há uma “nova ‘cidade’ dentro de outra cidade” nas palavras da professora.

Além do mais, há o canteiro de obras do projeto federal Minha Casa Minha Vida, o conjunto Vista Bela, que está em fase de entrega esse ano. A construção exigiu enorme mão-de-obra, escassa por conta do grande crescimento do setor. A solução foi treinar homens e mulheres para trabalharem na obra. O problema também esteve na falta de materiais de construção, porque as empresas locais não estavam preparadas para a demanda. A planta da cidadela conta com aproximadamente 2.700 residências (entre casas e apartamentos), é a maior em todo o Brasil. Dentro da própria obra muitos espaços já são destinados ao comércio, um atrativo para comerciantes, também de outras regiões, já que é um espaço ainda sem concorrência.

Isso contribui com o crescimento da região, já que, em razão disso, haverá também uma obra de duplicação da avenida Saul Elkind através do Conjunto Parigot de Souza. A avenida se conectará com duas rodovias. A BR 445, que leva ao interior do estado de São Paulo, e a BR 369, que interliga Londrina e Maringá.

Esse desenvolvimento despertou interesse de investidores. Está sendo construído o Londrina Norte Shopping, do grupo Catuaí. Uma construção dessa magnitude trará milhares de novos empregos para a zona norte. Além disso, muitas empresas nacionais têm filiais por lá, como o Super Muffato, Magazine Luiza, Ponto Frio, MM Mercados. Sem contar com empresas estatais, como Correios e dezenas de Casas Lotéricas da Caixa. Nas rodovias, por questões estratégicas e geográficas, se instalarão muitas empresas de fretes e transportes.

Uma das justificativas do desenvolvimento dessa região é o espaço que ela oferecia para novos habitantes de Londrina. Há 10 anos, acompanhando o próprio crescimento da cidade, a zona norte oferecia uma enorme área livre para construir e um preço baixo, por conta da distância com o centro da cidade. Hoje, o problema de distância se resolveu com um ‘novo centro’ nas proximidades.

Ainda há um certo preconceito sobre a região dos “Cinco Conjuntos”. Associa-se os bairros à violência, pois em seu nascimento eram considerados a periferia da cidade. Já agora, isso está se perdendo, acredita a professora Tânia Fresca, por causa dos investimentos que estão sendo aplicados na zona norte de Londrina, atraindo, assim, mais moradores.

Academias ao Ar Livre democratizam e incentivam prática de exercício físico na cidade

Com o intuito de melhorar a qualidade de vida da população que mais cresce no mundo, as academias instaladas em locais públicos se multiplicam em Londrina

Por Carol Ferezini

Academia ao lado do Lago Igapó fica cheia aos finais de semana (foto: Carol Ferezini)

Londrina já conta com 32 Academias ao Ar Livre (AAL), equipamentos voltados principalmente para os idosos e instalados em todas as regiões da cidade.

Uma das principais iniciativas do governo Barbosa Neto, em parceria com instituições privadas, além da Secretaria Municipal do Idoso, as AAL começaram a ser inauguradas no fim de 2009, e foram trazidas para Londrina depois de se tornarem realidade em outras cidades paranaenses, como Curitiba e Maringá.

Vistos com muito bons olhos pela população londrinense, os aparelhos de ginástica espalhados por parques e praças da cidade, trazem aos moradores uma nova forma para se exercitarem.

O aposentado José Roberto classifica como um complemento as atividades físicas as quais já estava habituado a fazer. Caminhava todos os dias. Agora completou! Além de caminhar, eu faço aqui as minhas horas de ginástica.”

Tornou-se comum ver as AAL repletas de frequentadores. Principalmente pela manhã ou no fim da tarde, A academia é um empreendimento recém instalado em Londrina. Grande acerto do prefeito Barbosa, embora eu não tenha votado nele. Já faz um ano que eu frequento aqui. Tinha alguns problemas de musculação, físicos. Sentia muitas dores, mas hoje não sinto mais.” completou José Roberto.

Já Odete acredita que poderiam ter mais academias em Londrina “Eu gostei muito disso aqui. O médico me recomendou que eu fizesse algum exercício, então eu caminhava. Caminho ainda. Todos os dias. Agora, aos finais de semana venho aqui na academia do Igapó. Só acho que são muito poucas. Tenho que sair lá do Sabará e vir até aqui, porque lá não tem.”

Apesar de todos os benefícios trazidos pela utilização das academias, médicos, fisioterapeutas e professores de Educação Física alertam para os riscos que o mau uso dos equipamentos pode causar. Para evitar danos à saúde dos frequentadores, e para orientá-los sobre as formas corretas de se utilizar cada aparelho, a Prefeitura lançou em 2010 um manual que foi distribuído, e que se encontra disponível em seu site.

Além do manual, há academias que contam com a presença de estagiários, que informam e auxiliam na realização dos exercícios. “Nós os instruímos em como fazer cada exercício, e aproveitar ao máximo a academia. No entanto, é muito importante que eles tenham um acompanhamento médico. Só ele poderá dizer o que eles podem ou não fazer.” Orienta Pedro, estudante do 4º ano de Educação Física e estagiário da academia instalada no Maria Cecília (Zona Norte).

O estagiário também alerta para a idade mínima de 18 anos para a utilização dos aparelhos. “O que vemos são crianças brincando na academia. Elas não têm muita noção de como pode ser prejudicial. Veem os equipamentos coloridos, e acham que é brinquedo. Cabe aos pais orientá-las.”

Segundo dados disponibilizados pela Prefeitura de Londrina, cada AAL custa ao município entre 12 mil e 15 mil reais. E a previsão é de que 75 Academias ao Ar Livre sejam instaladas no município de Londrina até dezembro de 2012, quando termina o mandato do então prefeito Barbosa Neto.

Ambientalista João das Águas aponta soluções para gestão ambiental de Londrina


Em entrevista coletiva, João das Águas explica os problemas ambientais da cidade e apresenta seu projeto Ecometrópole

Ana Luisa Casaroli


João Batista Moreira de Souza, conhecido como João das Águas, em entrevista coletiva na semana passada, expôs as principais questões sobre a gestão ambiental de Londrina. Apesar de o apelido fazer referência direta ao aspecto hidrológico, João é conhecedor dos mais variados temas ecológicos e, nos últimos 20 anos, vem estudando minuciosamente as possibilidades de aplicação prática, especificamente em nossa cidade.
Em julho de 2007, o ambientalista lançou, oficialmente, o Programa Ecometrópole – que, no início, chamava-se Acquametrópole – visando ao debate entre autoridades, especialistas e cidadãos a respeito do manejo sustentável dos recursos naturais. Segundo João das Águas, “nós realmente podemos nos transformar numa Ecometrópole” e é essa causa pela qual ele luta.
A base do projeto consiste na divisão do município londrinense em quatro “microbacias”. De acordo com o entrevistado, trata-se de uma estratégia moderna, a qual confere diferentes tratamentos para cada região, respeitando as peculiaridades de cada uma. “A gestão deve ser feita por ‘microbacias’, pois só assim é possível chegar à casa das pessoas. Não adianta querer despoluir um grande rio sem gerenciar seus afluentes”, ele garante.
Outra justificativa para essa divisão é a maior facilidade na coleta de dados: quantos bueiros, quantas árvores etc.. “Para uma gestão racional, você precisa subdividir a cidade”, reforça.
O ambientalista destaca o potencial de sustentabilidade de Londrina. “Ainda que tenhamos problemas, somos uma das cidades com melhores indicadores ambientais do país”, salienta. Um exemplo da boa administração ecológica de Londrina é a reciclagem. A atuação do Ministério Público, nos últimos anos, retirou centenas de catadores que trabalhavam no lixão. Atualmente, boa parte deles está atuando em cooperativas regularizadas. No entanto, há ainda muito o que fazer. João das Águas explica que, primeiramente, é preciso organizar melhor os grupos de recicladores e, preferencialmente, uni-los para findar as disputas que surgem entre eles.
Além disso, a reciclagem não tem total eficiência devido a erros cometidos pela própria população, durante a separação dos resíduos. Recentemente, João realizou uma experiência num bairro que faz a separação há dez anos. “Recolhi, durante uma semana, o lixo que iria para a reciclagem e logo percebi os erros cometidos pelas famílias. Por conta disso, estimamos que 50% do volume de lixo reciclável ainda não é reciclado. Não há dúvidas de que poderíamos elevar essa porcentagem.”
Outro assunto abordado durante a entrevista é a readequação do sistema de drenagem, isto é, o sistema responsável pelo escoamento da água. “O bueiro é a entrada do rio”, lembra João das Águas. Ele considera um absurdo a cidade não contar com uma equipe de manutenção dos bueiros, uma equipe que se empenhe na prevenção dos entupimentos. Uma das ideias do Programa Ecometrópole, inspirada em modelos de outros países, é o bueiro comprido e com tela. “A tela impede a entrada de resíduos sólidos, mas, para que não se reduza o espaço de passagem da água, o bueiro tem de ser estendido”, explica.
Para o projeto, o ambientalista organizou uma coletânea de 450 mil fotografias sobre variadas situações – problemas e soluções – associadas ao meio ambiente. O desenvolvimento das propostas foi efetivado por meio de pesquisas científicas. Ele destaca que os problemas foram diagnosticados, pesquisas com base em experiências realizadas em outros países também foram feitas, além de uma análise da viabilidade de aplicação aqui em Londrina. “Não é palpite”, afirma.
João não deixou de citar a importância da participação da sociedade. Ele diz que “é preciso chamar o cidadão, aumentar o serviço voluntário”. As atividades recreativas são apontadas pelo entrevistado como uma interessante forma de aproximar as pessoas dos corpos hídricos. Ele exemplificou as 14 cachoeiras urbanas e as belíssimas trilhas com nascentes ainda preservadas. “Você precisa envolver as pessoas; a partir do momento que elas gostarem, elas serão parceiras na luta”, garante João das Águas.


QUEM É JOÃO DAS ÁGUAS:
João Batista Moreira Souza nasceu em Mundo Novo, cidade do sertão baiano. Mudou-se para Londrina há cerca de trinta anos. Em 1987, começou a praticar caiaque no Lago Igapó. Em 1990, inaugurou a Patrulha das Águas, associação de proteção ambiental e ecoesportes. Implantou, aqui, a primeira escola de canoagem do Paraná e, mais tarde, fundou a Federação Paranaense de Canoagem. Seu trabalho o aproximou das questões ambientais, já que vivia diariamente em contato com a poluição das águas. Desde o início da década de 90, passou a se interessar pelo assunto e estudá-lo, como um autodidata. Fundou o Instituto Ecometrópole, em 2007, e integra a ONG MAE (Meio Ambiente Equilibrado).


INFORMAÇÕES:
www.ecometropole.org

Campus mais seguro

A instalação de novas câmeras reforçam segurança do Campus da Universidade Estadual de Londrina


Por Clara Simões



A Universidade Estadual de Londrina (UEL) inaugurou, no dia 25 de maio, o novo sistema de vigilância do Campus universitário, com o objetivo de melhorar e ampliar a segurança de estudantes, servidores e professores. Contando com o investimento de R$ 376 mil em recursos, novos equipamentos de segurança foram instalados em toda a extensão da universidade. São 15 novas câmeras Speed Dome com alcance de 5 quilômetros com capacidade de capturar imagens em 360 graus, aumentadas em até 30 vezes. "As câmeras foram instaladas em locais estratégicos do Campus para fazer uma verdadeira varredura do Campus, propiciando uma maior segurança para todos. Nós estamos sempre monitorando. O calçadão, por exemplo, é monitorado 24 horas por dia, com uma mudança contínua dos ângulos de visualização", comenta o prefeito do Campus, Teodósio Antônio da Silva.


O setor de monitoramento da UEL conta agora com dois monitores de 42 polegadas, equipamentos para gravação e edição de imagens, novos sistemas de computadores e mobiliário, além da instalação de 11 quilômetros de fibra ótica no Campus para garantir a captação de imagens digitais. Teodósio Antônio da Silva afirma que esse sistema de segurança é inovador, uma vez que a Universidade Estadual de Londrina é a primeira a utilizar as câmeras Speed Dome na América Latina.


As 25 mil pessoas que circulam todos os dias pela UEL, agora são monitoradas 24 horas. Contudo, o chefe da Divisão de Segurança da UEL, Flávio Maranho de Lima, orienta os alunos, professores, e funcionários a tomarem cuidado. "Todos têm de estar atentos, não deixarem objetos de valor no interior dos veículos, quando estiverem caminhando no Campus em locais afastados que tomem os cuidados básicos: prestar atenção em quem está por perto, não falar no celular quando estiver sozinho, porque isso dá oportunidade para os bandidos agirem".


Segundo os dados apresentados por Lima, desde junho de 2010 até este mês foram resgistradas apenas quatro ocorrências no Campus: "um furto de celular, dois arrombamentos de veículos e um furto de toca CD", disse. Contudo, Lima comenta que os números da Divisão de Segurança não abragem todos os atos violentos que acontecem no Campus. "Pode acontecer de um estudante ter seu carro arrombado ou furtarem algum objeto e ele não ter entrado em contato conosco. Por isso eu peço que os alunos nos avisem através do telefone 0800 400 4474, para que possamos tomar medidas. Só se consegue melhorar a segurança trabalhando em conjunto", afirmou.

Diversidade e história traz o sebo mais antigo de Londrina


Sebo Capricho possui o maior acervo da cidade, com cerca de 400 mil obras
Por Pamela Oliveira
 
Em 1970 surgia a “Banca Amiga”, embrião de um dos maiores sebos de Londrina e região, o Sebo Capricho. Atualmente, seu acervo possui cerca de 400 mil produtos, que variam de livros e revistas à CDs e DVDs, novos e usados.
Antônio Bastos é seu fundador e proprietário, estando à frente do negócio há mais de 40 anos, quando assumiu a banca de revistas que seu pai comprara: “saí da zona rural com 18 anos para trabalhar na banca de revistas de meu pai. Na época, ele chegou a Londrina e não conseguiu emprego, então comprou a banca. Quando voltou para nossas terras, eu vim trabalhar no lugar dele”, conta Antônio.
Segundo ele, Londrina sentia falta de um local que trouxesse a variedade de livros que um sebo pode trazer, por ser um local em que a dinâmica de compra e venda de produtos é muito grande. “Eu trabalhava com usados na minha banca e cansava de ouvir o povo dizer que Londrina precisava ter um sebo e não tinha. O povo gosta de sebo, a idéia de abrir a loja surgiu daí”, diz o proprietário.

Bastos conta que fundou a primeira loja em 1997, com um de seus filhos como responsável. Depois do sucesso do primeiro sebo da cidade, ele ainda abriu mais duas lojas. Em 2000, fechou a banca e passou a se dedicar somente a loja, mantendo apenas duas.
A loja principal é localizada à Rua Minas Gerais, no centro da cidade. Segundo um de seus funcionários, Wanderlei Bueno, 46 anos, o público que frequenta o sebo é o mais variado, de intelectuais a analfabetos. Para ele, essa variedade é explicada pela diversidade do acervo que a loja possui. “Há pessoas de alto nível social e educacional e também há aqueles que não sabem ler, que vêm olhar, procurar, perguntar”, afirma. Mesmo com essa grande diversidade, professores e estudantes estariam entre os mais assíduos, em destaque para os cursos de direito, engenharia e economia.
Ainda assim, o que se percebe é que a população londrinense não possui o hábito da leitura. Segundo Bastos, o preço dos livros é caro geralmente e, talvez, esse seja um dos motivos para uma procura menor do que se espera, já que Londrina é uma cidade com referência em universidades e escolas. Para ele, isso faz com que a cidade não possua grandes livrarias – maior número de volumes e variedade em assuntos.
A diversidade encontrada no sebo deve-se à intensa compra e venda de livros. Bastos conta que uma de suas maiores aquisições foi o acervo pessoal do ex-governador do Paraná e ex-prefeito de Londrina, José Hosken de Novaes. Sua esposa vendeu ao sebo a biblioteca do ex-prefeito em 2006, quando ele faleceu. O acervo contava com cerca de 12 mil obras.
Essas e outras compras fazem com que os sebos tenham uma diferença para as livrarias comuns: a presença de livros raros e antigos. “Os livros raros são aqueles que você não possui constantemente. No começo, possuíamos mais desses livros, mas eles passam muito rápido por aqui: entram e já saem. É muito dinâmico, o dia inteiro tem um giro de pessoas e de livros circulando”, diz Bueno.
O funcionário ainda afirma que, hoje em dia, a procura por livros antigos passou a ser menor, mas, que com os livros sendo catalogados para o sebo on-line, isso deve mudar. Segundo Bueno, a segunda loja, localizada na Praça Sete de Setembro, já estaria no sistema on-line por completo, enquanto na loja principal, essa catalogação está em andamento. Para ele, o sebo esta entrando nesse sistema para competir também com os sebos on-line, que são acessíveis a um público maior.

Anísio Zamir, 74 anos, diz ser cliente do sebo por encontrar as revistas que procura somente neste local. “Eu me interesso por exposição e montaria de gado. Vim comprar revista de exposição de cavalos, em lojas comuns não tem para vender”, explica.

Nosso Símbolo - Foca x Raposa



Existe certa confusão sobre o símbolo representante do jornalismo. As dúvidas ficam principalmente entre a foca e a raposa.

Apesar da discussão, o símbolo tradicional, e mais 'oficial' seria este:

'Lex' deriva do latim, e significa lei. O símbolo tradicional do jornalismo cons
iste em uma pena de escrever repousada sobre a tábua da lei; uma representação de 'escrever' ou publicar éticamente, testemu
nhando a verdade.







Por quê Foca?

Fazemos aqui a brincadeira com a seção 'WhatTheFoca?!' do blog; um espaço divertido para mostrar os erros e gafes dos mais famosos jornalistas, jornais e programas.







'Foca' é o termo usado para designar um jornalista novo, inexperiente, calouro. A história por trás do termo vem de versões diferentes.

Uma delas diz que chama-se de foca, porque as focas treinadas de shows geralmente ficam apenas batendo palmas e fazendo sons sem sentido, meio que no 'plano de fundo' da matéria.

Outra históra, que já parece mais completa, seria relacionada à fotografia:

"A foca, é símbolo do jornalista novo, inexperiente. Entre as muitas histórias existentes consta que o apelido vem dos remotos tempos do flash a magnésio. Os fotógrafos dos jornais preparavam suas máquinas: focavam e deixavam o obturador- uma pequena "janela”- aberto. Quando todos estavam prontos, alguém riscava um fósforo numa placa de magnésio e ela "explodia" num clarão. Essa luz passava pelo obturador aberto e impressionava a chapa, o avô do filme. Ocorre que alguns fotógrafos, inexperientes, demoravam para preparar a máquina - e atrasavam os outros. "Espera, estou focando”.E os outros: "Foca logo, caramba". E mais tarde... "Ih, lá vem o foca". " - Fonte: Portal PUCRS

Desse modo, a foca não é exatamente um símbolo, mas apenas uma 'piada interna'.














A Raposa

O animal que representa o jornalismo é a raposa. Há grande consenso em torno disto, apesar de várias pessoas de fato pensarem que nosso símbolo é a foca.



É considerada astuta, ágil e silenciosa; excelente caçadora.... "Tem visão, olfato e audição bastante aguçados e permanece alerta a tudo que se passa a sua volta, além de ser extremamente ágil e inteligente. " - Tatiana Vasco em post: Símbolo do Jornalismo Não é a foca!

Por isso é o símbolo do jornalista. Para cumprir nossos papéis, necessitamos das qualidades da raposa, mas ao invés de caçar animais, caçaremos a verdade.


Alessandra G.

Friday, September 16, 2011

Segurança na universidade

O acesso ao campus da Universidade Estadual de Londrina (UEL) é uma questão delicada de segurança da comunidade universitária e de todas as pessoas que transitam pelo campus, sendo que nem todas são funcionários ou alunos, uma vez que a UEL oferece diversos serviços abertos á população londrinense e paranaense.
Com uma área total de 235 hectares, a UEL, em sua maior parte, não tem como restringir o acesso de pessoas estranhas às dependências da universidade. Desta forma, funcionários ou alunos não precisam identificar-se para adentrar o campus, o que ocorre também com pessoas estranhas á comunidade universitária e, consequentemente, com pessoas mal intencionadas. O acesso por ruas, durante o dia, ocorre pela Avenida Castelo Branco e, na outra extremidade do campus, pela Avenida Anicleto Espiga. Das 6 da manhã até a meia noite, não há restrição de acesso de veículos ou pessoas por estes locais, sendo que existem cancelas e guaritas de segurança, mas que não são monitoradas durante o dia. O controle de acesso é feito somente da meia noite ás 6 da manhã, horário, entretanto, em que não há alunos ou professores dentro do campus universitário, o que torna o serviço de segurança estritamente patrimonial.
Segundo o chefe da divisão de segurança da UEL, Flávio Maranho de Lima, a questão é complicada pelas proporções do campus, que foi construído de forma aberta e sem impedimentos para a entrada de pessoas. Porém, Maranho destaca um ponto importante ao lembrar que a UEL é um local público. “A proposta de uma universidade pública passa pelo fato de ela ser aberta à comunidade que necessita de seus serviços, e um eventual fechamento do campus poderia atrapalhar este direito que deve ser assegurado”, afirma.
O chefe de segurança informa que há medidas que tem sido tomadas tanto pela administração atual quanto pelas passadas no que se refere à melhoria da segurança no campus. Uma delas foi a construção de um muro com pilastras de concreto que cobre grande parte da face oeste da UEL, onde era apurada a maior parte de incidentes envolvendo a segurança dos alunos e prédios. Desde a construção deste muro, a segurança constatou uma queda de 90% nas incidências de pessoas estranhas na área. Flávio diz, ainda, que “o cercamento total do campus hoje não é prioridade, e o que tem sido feito são medidas mais concentradas, como a instalação do novo sistema de câmeras de monitoramento que entrou em funcionamento neste mês”.
Com o novo sistema de câmeras, 15 no total, o chefe de segurança pretende não apenas identificar os autores de possíveis atos agressivos à comunidade universitária, mas também identificar pessoas suspeitas para impedir tais atos no momento em que estão ocorrendo. “As câmeras tem acompanhamento de vigilantes 24 horas por dia, e, com a tecnologia empregada, como um poderoso zoom, é possível identificar até mesmo a placa de um carro que entra na UEL. A idéia é prevenir a possível violência antes que ela aconteça, e não mais apenas identificar o agressor posteriormente, como ocorria com o sistema antigo de câmeras”, diz Flávio.
Diante de toda a tecnologia e recursos empregados, Maranho afirma que todos estes aparatos têm sua eficiência, mas é preciso, antes de tudo, que as pessoas que passam todos os dias pelo campus da UEL colaborem com a segurança, denunciando ações e pessoas suspeitas aos seguranças presentes ou através do telefone 0800 400 4474, que pode ser chamado 24 horas por dia para contatar a segurança. “A segurança, sozinha, às vezes não tem como saber quando um incidente acontece. É preciso que a comunidade nos comunique para que possamos então realizar ações em determinadas áreas, quando há uma reincidência de problemas num mesmo local, por exemplo”, explica Flávio Maranho.

Wednesday, September 14, 2011

WhatTheFoca?! #1 - O Capacete

De início, um post para descontrair.

Para quem perdeu a gafe no Jornal Nacional, entre William Bonner e Marcos Uchôa.

Bonner menciona que o repórter está seguindo a recomendação de utilizar o capacete, mas... Uchôa não o estava usando.



Alguns dias depois, o repórter 'protege-se' contra outra gafe, ou talvez, outra bronca do âncora.



WhatTheFoca?!






















Alessandra G.

Bem-Vindos!

Sejam bem-vindos ao nosso blog!

Planejamos postar aqui matérias - e ocasionalmente comentários sobre a produção delas - que produzimos durante o curso de Jornalismo (Comunicação Social) da Universidade Estadual de Londrina.

Nosso curso começou este ano e compartilharemos aqui mais sobre a formação do jornalista atualmente, curiosidades, falhas públicas no jornalismo mundial (com a seção WhatTheFoca?!) e muito mais.

Aguardem! Logo estaremos recheando o blog de informação!


Siga-nos no Twitter

Curta nossa página no Facebook


Alessandra G. (aka Eollica)