Friday, September 16, 2011

Segurança na universidade

O acesso ao campus da Universidade Estadual de Londrina (UEL) é uma questão delicada de segurança da comunidade universitária e de todas as pessoas que transitam pelo campus, sendo que nem todas são funcionários ou alunos, uma vez que a UEL oferece diversos serviços abertos á população londrinense e paranaense.
Com uma área total de 235 hectares, a UEL, em sua maior parte, não tem como restringir o acesso de pessoas estranhas às dependências da universidade. Desta forma, funcionários ou alunos não precisam identificar-se para adentrar o campus, o que ocorre também com pessoas estranhas á comunidade universitária e, consequentemente, com pessoas mal intencionadas. O acesso por ruas, durante o dia, ocorre pela Avenida Castelo Branco e, na outra extremidade do campus, pela Avenida Anicleto Espiga. Das 6 da manhã até a meia noite, não há restrição de acesso de veículos ou pessoas por estes locais, sendo que existem cancelas e guaritas de segurança, mas que não são monitoradas durante o dia. O controle de acesso é feito somente da meia noite ás 6 da manhã, horário, entretanto, em que não há alunos ou professores dentro do campus universitário, o que torna o serviço de segurança estritamente patrimonial.
Segundo o chefe da divisão de segurança da UEL, Flávio Maranho de Lima, a questão é complicada pelas proporções do campus, que foi construído de forma aberta e sem impedimentos para a entrada de pessoas. Porém, Maranho destaca um ponto importante ao lembrar que a UEL é um local público. “A proposta de uma universidade pública passa pelo fato de ela ser aberta à comunidade que necessita de seus serviços, e um eventual fechamento do campus poderia atrapalhar este direito que deve ser assegurado”, afirma.
O chefe de segurança informa que há medidas que tem sido tomadas tanto pela administração atual quanto pelas passadas no que se refere à melhoria da segurança no campus. Uma delas foi a construção de um muro com pilastras de concreto que cobre grande parte da face oeste da UEL, onde era apurada a maior parte de incidentes envolvendo a segurança dos alunos e prédios. Desde a construção deste muro, a segurança constatou uma queda de 90% nas incidências de pessoas estranhas na área. Flávio diz, ainda, que “o cercamento total do campus hoje não é prioridade, e o que tem sido feito são medidas mais concentradas, como a instalação do novo sistema de câmeras de monitoramento que entrou em funcionamento neste mês”.
Com o novo sistema de câmeras, 15 no total, o chefe de segurança pretende não apenas identificar os autores de possíveis atos agressivos à comunidade universitária, mas também identificar pessoas suspeitas para impedir tais atos no momento em que estão ocorrendo. “As câmeras tem acompanhamento de vigilantes 24 horas por dia, e, com a tecnologia empregada, como um poderoso zoom, é possível identificar até mesmo a placa de um carro que entra na UEL. A idéia é prevenir a possível violência antes que ela aconteça, e não mais apenas identificar o agressor posteriormente, como ocorria com o sistema antigo de câmeras”, diz Flávio.
Diante de toda a tecnologia e recursos empregados, Maranho afirma que todos estes aparatos têm sua eficiência, mas é preciso, antes de tudo, que as pessoas que passam todos os dias pelo campus da UEL colaborem com a segurança, denunciando ações e pessoas suspeitas aos seguranças presentes ou através do telefone 0800 400 4474, que pode ser chamado 24 horas por dia para contatar a segurança. “A segurança, sozinha, às vezes não tem como saber quando um incidente acontece. É preciso que a comunidade nos comunique para que possamos então realizar ações em determinadas áreas, quando há uma reincidência de problemas num mesmo local, por exemplo”, explica Flávio Maranho.

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